IARAS CARNE DO MUNDO
2018
A centralidade que as questões ecológicas ocupam na poética de Paulo Penna confirma-se cristalina nesta série, que celebra a um só tempo o imaginário indígena, de sua região natal, como ecoa a concepção dos povos originários de que a natureza, diferentemente de sua significação para o colonizador branco europeu, não se resume a um conjunto de recursos a serem explorados a ponto do esgotamento e da exaustão absolutos. A natureza é antes, como nos ensina Ailton Krenak em Ideais para adiar o fim do mundo, carne de nossa carne.